Luis Ventura
Como ajudar na inclusão social do autista?
No mês de abril, a comunidade internacional celebra o Dia Mundial da Conscientização do Autismo. Apesar de diversos estudos já realizados e da ampliação do conhecimento dentro da sociedade, esse assunto ainda é um tabu. Por isso, estamos aqui! Além de celebrar essa data importante, queremos mostrar a todos, que as pessoas com autismo podem sim se socializar como qualquer outra pessoa.
O transtorno do espectro do autismo, que popularmente chamamos apenas de autismo, é um desarranjo neurológico que compromete a interação social, a comunicação (verbal e não verbal) e o comportamento (restrito e repetitivo) de um indivíduo.
Em 2019, segundo dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, 1 de cada 59 crianças é diagnosticada com autismo e, geralmente, os primeiros sinais podem ser identificados a partir dos 8 meses de idade.
Crédito ilustração: Freepik
Através de estudos, sabe-se que esse transtorno pode ser provocado por fatores genéticos ou pelos chamados epigenéticos, que ocorrem quando o ambiente interfere na atuação de uma parte do DNA.
O reconhecimento precoce do autismo ajuda na indicação de um tratamento mais preciso e direcionado para reduzir os sintomas. Geralmente, o tratamento é um acompanhamento interdisciplinar com especialistas como psicólogos, psiquiatras, neurologistas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e, em alguns casos, fisioterapeutas.
Além disso, as terapias comportamentais, educacionais e familiares têm um papel importante no processo, oferecendo um pilar de apoio ao desenvolvimento e à aprendizagem da criança com autismo.
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É nesse momento, que todos nós podemos ajudar e participar desse processo, auxiliando a pessoa com autismo e a incluindo na sociedade como qualquer outra pessoa. Tratá-la sem distinção pode minimizar, significativamente, os sintomas e as defasagens decorrentes do transtorno.
Aliás, é lei: escolas não podem recusar a matrícula de uma criança autista e ainda devem disponibilizar, quando necessário, um acompanhante especializado para esse aluno. Essa lei é uma das grandes conquistas obtidas por essa comunidade.
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Inclusive, há diversos autistas adultos, que levam uma vida totalmente independente, trabalhando e morando sozinhos. Mas, como o autismo se manifesta de várias maneiras e nunca é exatamente igual de uma pessoa para outra, temos também adultos que precisam de um acompanhante e um cuidado mais dedicado, pois não possuem condições e perspectivas de terem uma vida independente.
Infelizmente, o autismo ainda não tem cura e é um quadro que dura pela vida toda.
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Fonte: http://entendendoautismo.com.br/artigo/como-voce-pode-ajudar-na-inclusao-social-do-autista/
Quer saber mais sobre o autismo? Elencamos uma lista de livros para ler, se inteirar mais sobre o tema e poder ajudar ainda mais os autistas a terem uma vida normal em nossa sociedade.
Manual do Autismo – Dr. Gustavo Teixeira
Este livro é considerado um dos que mais esclarecem o tema. Referência internacional no assunto, o Dr. Gustavo aborda todas as questões relativas ao autismo, respondendo às principais dúvidas e oferecendo as ferramentas necessárias para o estabelecimento de um ambiente estimulante e acolhedor aos pacientes. É considerada uma leitura obrigatória.
O Reizinho autista – Mayra Gaiato e Gustavo Teixeira
Escrito por dois especialistas em saúde mental, esse livro ajuda a orientar pais, familiares, cuidadores, educadores e escolas, a lidar com autistas que apresentam em seu transtorno, comportamentos difíceis, como agressividade, birra e desobediência.
O Cérebro Autista – Pensando através do Espectro – Temple Grandin e Richard Panek
A autora deste livro, Temple Grandin, é autista e revolucionou as práticas pecuárias no tratamento de animais em fazendas e abatedouros. Bacharel em psicologia e com mestrado em Zootecnia, ela conta neste livro, com ajuda do jornalista Richard Panek, um pouco da sua experiência própria e argumenta porque a educação de crianças autistas não deve centrar-se apenas em suas fraquezas.
Autismo e Psicanálise: o Lugar Possível do Analista na Direção do Tratamento – Flávia Chiapetta de Azevedo
Para quem está estudando essa área, esse livro é uma excelente leitura. Nele, a psicanalista Flávia Chiapetta de Azevedo apresenta contribuições à teoria e à clínica do autismo, abordando o tema no campo da psiquiatria, até as diferentes vertentes psicanalíticas.
Ensino de Habilidades Basicas Para Pessoas Com Autismo – Camila Graciella Santos Gomes e Analice Dutra Silveira
As autoras (Camila é psicóloga e Analice terapeuta) apresentam neste livro um manual para auxiliar familiares, educadores e profissionais, a estruturar o ensino de habilidades básicas para suas crianças com autismo, no âmbito da Intervenção Comportamental Intensiva.